Descoberta de borrelhos
O centro de estudos de campo de A Rocha no Quênia fica próximo ao fabuloso Mida Creek: bandos de até dez mil aves limícolas e andorinhas do mar podem ser observadas aqui em poleiros nas marés altas, e assim, vimos estudando as aves limícolas há 18 anos. Como parte da sua pesquisa de doutorado, o diretor científico Colin Jackson tem marcado os borrelhos-grandes-de-colar-ruivo Charadrius leschenaultii, já que tão pouco se sabe sobre suas origens ou rotas migratórias. Em 16 de setembro de 2013 ele marcou com uma bandeira laranja uma ave que tinha capturado e na qual colocara uma anilha de identificação (como um adulto) há nove anos. Essa ave foi identificada por Prashant Tewari em Kutch, na Índia Ocidental, em 10 de abril de 2015: o primeiro borrelho-grande-de-colar-ruivo anilhado na África Oriental, a ser recapturado em qualquer lugar!
Este ano, Jaysukh Parekh Suman fotografou a mesma ave, na mesma praia, em 29 de março. O fato de ter sido vista por duas vezes, e no mesmo local, é extraordinário – e sugere que tal espécie, como muitas outras, é fiel ao local durante a migração. Não podemos ter certeza absoluta, mas é provável que ela esteja se encaminhando para um local de reprodução no Cazaquistão ou na Mongólia Ocidental.
Colin também colocou etiquetas brancas em borrelhos-pequenos-de-colar-ruivo Charadrius mongolus e maçaricos-sovela Xenus cinereus – se você tiver a oportunidade de observá-los, faça-o por favor! Você pode desempenhar um papel importante ao revelar os movimentos dessas aves.